A inveja no trabalho
Sendo a inveja um dos sentimentos que mais atrasam o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos,vamos refletir, hoje, sobre o mecanismo da inveja no ambiente de trabalho. Onde trabalhamos é o lugar em que há mais possibilidade de proliferar este tipo de sentimento devastador e destruidor de relacionamentos. É comum,onde há hierarquias, a presença do medo de perder o cargo, de um companheiro ser mais competente do que o outro e, com isso, instala-se a hostilidade e a inveja. Como sempre, há o processo comparativo, que leva o indivíduo a sentir-se inferior ao colega ou temer que out ro funcionário venha a destacar-se mais do que ele. E quando a inveja está presente, vemos casos de perseguições, implicâncias, e até fatos mais sérios, em que há ações de má-fé, com o intuito de prejudicar alguém que se mostre mais capacitado.
Eis, então, algumas sugestões para a pessoa invejosa: desenvolva a sua própria auto-est ima, que lhe garant irá a autoconfiança e utilize a técnica da autocomparação, fazendo uma análise detalhada do seu próprio desenvolvimento profissional, ao longo dos anos; e aprenda a valorizar o fat o de ter um emprego.
Quanto à pessoa que se sente ameaçada ou sofre perseguições, no ambiente profissional, que possa ut ilizar-se de uma técnica que aprendi com um grande sábio: fazer um diário, anotando tudo o que acontece no trabalho,tudo o que lhe é dito e ordenado para fazer e a sua opinião a respeito. Esta é uma garantia no caso de haver
qualquer calúnia contra a sua pessoa.
Infelizmente, até os dias atuais, os indivíduos não podem ser completamente transparentes, deixando à mostra as suas virtudes. Há pessoas infelizes que, por ignorarem a " lei do plantar e colher", sentem-se incomodadas com o brilho das outras e acabam por prejudicá-las. E o lamentável é que, depois, ficam pelos cantos, a reclamarem do seu ambiente de trabalho e da falta de união. Lembre-se, caro leitor: a sua vida é moldada de acordo com os seus pensamentos.
E, finalizando, transcrevo uma história que relata o seguinte: "Um jovem, ao chegar à fabrica onde iria trabalhar, perguntou a um antigo funcionário, que trabalhava como porteiro: 'Como são as pessoas que trabalham neste lugar?' Então, o ancião perguntou-lhe: 'Como são as pessoas que trabalhavam com você, no seu antigo emprego?' 'Oh, um grupo de egoístas e malvados. Estou satisfeito de ter saído de lá...' A essa resposta, o velho replicou: 'A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui! '. No outro turno, no mesmo dia, outro rapaz chegou à fábrica, para o seu primeiro dia de trabalho. Quando viu o porteiro, foi logo lhe perguntando: 'Como são as pessoas que trabalham aqui?' O velho porteiro respondeu com a mesma pergunta: 'Como são as pessoas do seu último emprego?' 'São magníficos companheiros, amigos, honestos e dedicados. Fiquei muito triste por ter de me separar deles...' Então, o ancião disse- lhe: 'Meu jovem, o mesmo encontrará por aqui.' Um funcionário, que também trabalhava na portaria, havia escutado as duas conversas e não entendendo as respostas do ancião, perguntou- lhe: 'Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?' O velho, muito sábio, respondeu: 'Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde trabalhou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Entretanto, aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos.'"
ELIANA BARBOSA - é consultora em desenvolvimento humano, escritora e palestrante, que estuda e ensina técnicas que promovem o desenvolvimento integral do ser humano.
FONTE: http://www.clubedopairico.com.br/PDF/colunas_Eliana_Barbosa_008.pdf
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