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por cristiano última modificação 01/06/2010 16:18
Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos". A documentarista brasileira Iara Lee encontra-se detida em prisão israelense
01/06/2010 - da Redação
Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos". A documentarista brasileira Iara Lee encontra-se detida em prisão israelense
01/06/2010 - da Redação
O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu, nesta terça-feira (01), uma investigação "imediata" e "imparcial” sobre o ataque israelense contra navios que transportavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A ofensiva ocorreu na segunda-feira (31) e deixou pelo menos dez mortos e dezenas de feridos.
Ao fim de uma reunião de emergência, que durou mais de 12 horas, o Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos". Em uma declaração, o órgão pede "a libertação imediata dos barcos e dos civis detidos" por Israel. "O Conselho de Segurança destaca que a situação em Gaza não é sustentável", completa o texto.
A chamada "Frota da Liberdade" era composta por seis embarcações e transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda, como remédios e mantimentos, para os palestinos.
Em entrevista à rádio pública do país, o alto funcionário do ministério do Interior de Israel Yossi Edelstein afirmou que 45 dos 686 passageiros detidos aguardam deportação. "Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv", explicou.
Ao fim de uma reunião de emergência, que durou mais de 12 horas, o Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos". Em uma declaração, o órgão pede "a libertação imediata dos barcos e dos civis detidos" por Israel. "O Conselho de Segurança destaca que a situação em Gaza não é sustentável", completa o texto.
A chamada "Frota da Liberdade" era composta por seis embarcações e transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda, como remédios e mantimentos, para os palestinos.
Em entrevista à rádio pública do país, o alto funcionário do ministério do Interior de Israel Yossi Edelstein afirmou que 45 dos 686 passageiros detidos aguardam deportação. "Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv", explicou.
Posição
Em entrevista à agência Efe, o porta-voz do Ministério de Exteriores israelense Yigal Palmor afirmou que a condenação da ONU é "precipitada, sequer houve um tempo de reflexão para considerar todos os fatos".
Além disso, Palmor acusou o órgão internacional de "hipocrisia". "Esta condenação constitui um gesto automático baseado unicamente em determinadas imagens televisivas e não em um conhecimento dos fatos, além de uma dose impressionante de hipocrisia", declarou.
Em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, o governo de Israel reafirma sua posição em relação aos ataques. As autoridades israelenses acusam os passageiros dos navios de terem provocado o incidente e informaram que pretendem continuar a examinar as mercadorias que entram na região para evitar o fluxo de armas.
Em entrevista à agência Efe, o porta-voz do Ministério de Exteriores israelense Yigal Palmor afirmou que a condenação da ONU é "precipitada, sequer houve um tempo de reflexão para considerar todos os fatos".
Além disso, Palmor acusou o órgão internacional de "hipocrisia". "Esta condenação constitui um gesto automático baseado unicamente em determinadas imagens televisivas e não em um conhecimento dos fatos, além de uma dose impressionante de hipocrisia", declarou.
Em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, o governo de Israel reafirma sua posição em relação aos ataques. As autoridades israelenses acusam os passageiros dos navios de terem provocado o incidente e informaram que pretendem continuar a examinar as mercadorias que entram na região para evitar o fluxo de armas.
Condenações
Além da ONU, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia também condenaram a ofensiva e pediram a libertação imediata dos ativistas e dos navios.
A Liga Árabe convocou uma reunião para esta terça-feira, mas a Jordânia e o Egito, que mantêm acordos de paz com Israel, já condenaram duramente a violência. Segundo a agência de notícias Mena, a oficial do Egito, o presidente Hosni Mubarak ordenou a abertura da fronteira do seu país com a Faixa de Gaza, em Rafah, permitindo a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, classificou o episódio como um "massacre" e decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense.
Para o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Israel deveria ser "punido" pelo "massacre sangrento" contra os ativistas e que a ação foi "um ataque ao Direito Internacinal, à consciência de humanidade e à paz mundial".
Na América do Sul, também houve condenações ao ataque. Após lamentar a morte das vítimas e pedir à ONU que tome decisões imediatas “que levem à paz justa e duradoura na região”, o governo da argentina Cristina Kirchner divulgou um comunicado oficial afirmando: "O governo argentino condena o ataque perpetrado em águas internacionais por forças israelenses contra a 'Frota da Liberdade', de bandeira turca, que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza."
Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo chileno disse "deplorar a violenta reação" e condenou "o uso da força em todas as suas formas e especialmente neste caso", que deixou "mortos e feridos entre tripulantes e passageiros civis de embarcações".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também se manifestou, condenando “energicamente o brutal massacre cometido pelo Estado de Israel". Segundo o comunicado emitido pela chancelaria venezuelana, houve uma "ação de guerra empreendida pelo exército israelense contra civis indefesos que tentavam levar ajuda humanitária ao povo palestino de Gaza sujeito ao criminoso bloqueio imposto" por Israel.
Também em nota, o governo do Paraguai expressou "sua mais enérgica rejeição a todo tipo de agressão, da mesma forma que condena o uso de toda força que viole os princípios fundamentais do direito internacional".
A chancelaria da Bolívia também expressou "profunda consternação e condolência com as vítimas e seus familiares" e declarou que os atos de Israel constituem flagrantes violações ao Direito Internacional
Brasil
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou "choque e consternação" com o ataque, por meio de um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Em nota, o governo brasileiro afirma que o representante de Israel será chamado e que o Itamaraty atuará diretamente nas buscas de informação sobre a documentarista brasileira Iara Lee, que participava da missão e está retida em uma prisão israelense.
De acordo com o Itamaraty, um funcionário da Embaixada do Brasil em Israel visitou a documentarista brasileira Iara Lee, que participava da missão e está retida em uma prisão israelense. Iara informou que as autoridades israelenses exigiram, como condição para a sua libertação, que ela assinasse termo declarando ter entrado ilegalmente no país. Ela se negou a assinar o documento, uma vez que foi presa em águas internacionais.
Desde segunda-feira, vem ocorrendo manifestações em todo o mundo em repúdio ao ataque israelense à missão diplomática. No Brasil, a Frente de Defesa do Povo Palestino realiza na tarde desta terça, em São Paulo, um ato em frente ao Museu de Artes de São Paulo (Masp), que será seguida por uma reunião ampla na Mesquita Brasil (Avenida do Estado com Rua Barão de Jaguar, no centro da cidade).
(Com informações de agências)
FONTE: http://www.brasildefato.com.br/
Além da ONU, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia também condenaram a ofensiva e pediram a libertação imediata dos ativistas e dos navios.
A Liga Árabe convocou uma reunião para esta terça-feira, mas a Jordânia e o Egito, que mantêm acordos de paz com Israel, já condenaram duramente a violência. Segundo a agência de notícias Mena, a oficial do Egito, o presidente Hosni Mubarak ordenou a abertura da fronteira do seu país com a Faixa de Gaza, em Rafah, permitindo a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, classificou o episódio como um "massacre" e decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense.
Para o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Israel deveria ser "punido" pelo "massacre sangrento" contra os ativistas e que a ação foi "um ataque ao Direito Internacinal, à consciência de humanidade e à paz mundial".
Na América do Sul, também houve condenações ao ataque. Após lamentar a morte das vítimas e pedir à ONU que tome decisões imediatas “que levem à paz justa e duradoura na região”, o governo da argentina Cristina Kirchner divulgou um comunicado oficial afirmando: "O governo argentino condena o ataque perpetrado em águas internacionais por forças israelenses contra a 'Frota da Liberdade', de bandeira turca, que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza."
Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo chileno disse "deplorar a violenta reação" e condenou "o uso da força em todas as suas formas e especialmente neste caso", que deixou "mortos e feridos entre tripulantes e passageiros civis de embarcações".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também se manifestou, condenando “energicamente o brutal massacre cometido pelo Estado de Israel". Segundo o comunicado emitido pela chancelaria venezuelana, houve uma "ação de guerra empreendida pelo exército israelense contra civis indefesos que tentavam levar ajuda humanitária ao povo palestino de Gaza sujeito ao criminoso bloqueio imposto" por Israel.
Também em nota, o governo do Paraguai expressou "sua mais enérgica rejeição a todo tipo de agressão, da mesma forma que condena o uso de toda força que viole os princípios fundamentais do direito internacional".
A chancelaria da Bolívia também expressou "profunda consternação e condolência com as vítimas e seus familiares" e declarou que os atos de Israel constituem flagrantes violações ao Direito Internacional
Brasil
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou "choque e consternação" com o ataque, por meio de um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Em nota, o governo brasileiro afirma que o representante de Israel será chamado e que o Itamaraty atuará diretamente nas buscas de informação sobre a documentarista brasileira Iara Lee, que participava da missão e está retida em uma prisão israelense.
De acordo com o Itamaraty, um funcionário da Embaixada do Brasil em Israel visitou a documentarista brasileira Iara Lee, que participava da missão e está retida em uma prisão israelense. Iara informou que as autoridades israelenses exigiram, como condição para a sua libertação, que ela assinasse termo declarando ter entrado ilegalmente no país. Ela se negou a assinar o documento, uma vez que foi presa em águas internacionais.
Desde segunda-feira, vem ocorrendo manifestações em todo o mundo em repúdio ao ataque israelense à missão diplomática. No Brasil, a Frente de Defesa do Povo Palestino realiza na tarde desta terça, em São Paulo, um ato em frente ao Museu de Artes de São Paulo (Masp), que será seguida por uma reunião ampla na Mesquita Brasil (Avenida do Estado com Rua Barão de Jaguar, no centro da cidade).
(Com informações de agências)
FONTE: http://www.brasildefato.com.br/
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