"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela,
nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo."
(foto: www.josesaramago.org)
"Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. José de Sousa teria sido também o meu nome se o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de meu pai era conhecida na aldeia: Saramago. (Cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres). Só aos sete anos, quando tive de apresentar na escola primária um documento de identificação, é que se veio a saber que o meu nome completo era José de Sousa Saramago... "Estas são as linhas iniciais da autobiografia de Saramago e para ter acesso por completo visite:
Página oficial: http://www.josesaramago.org/
Saramago se foi fisicamente, mas sua obra e suas ideias ficam entre nós a disposição do presente e do futuro...
Saramago assumiu a luta do povo! sua voz sempre ecoou contra as injustiças do mundo. Gente que gostava de gente. Era assim Saramago...
Prêmio Nobel; destaque universal; mas continuou com o espírito do povo, como sua origem, filho de agricultores sem terra!
Em seu blog "Outros Cadernos", no dia de sua morte ele postou pela última vez:
Pensar, pensar
Junho 18, 2010 por Fundação José SaramagoAcho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma.
Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008
FONTE: http://caderno.josesaramago.org/
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