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(George Burns)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SENADORES USAM "CASO SARNEY" COMO DESCULPA PARA MUDAREM DE PARTIDO.


O troca-troca de partidos começou no Senado. A época é propícia, pois termina no mês que vem o prazo de filiações para quem quiser disputar as eleições de 2010. E o momento político ajuda os senadores a usarem a crise no Senado como desculpa para poderem trocar de legenda sem perder o mandato.
Depois do senador Mão Santa (PMDB-PI), que anunciou nesta quinta-feira que vai deixar a legenda, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) também analisa a possibilidade de deixar o partido. Ambos estão saindo do PMDB pois teriam dificuldades de serem candidatos pela legenda em 2010 e se diz incomodado pela indefinição do PMDB local quanto aos critérios que nortearão a escolha dos candidatos ao Senado no ano que vem.
Segundo ele, foi pactuado com o governador André Puccinelli (PMDB) que até o fim do mês haveria uma solução para esse problema, uma vez que suas pendências são diretamente com o presidente do Diretório Estadual. O peemedebista afirmou que, no caso de ter que mudar de partido, pode transferir-se para o PSDB, PTB, PSB ou PPS.
Mão Santa deixou hoje o PMDB por acreditar que não tem mais espaço para concorrer a uma reeleição no ano que vem. De acordo com o parlamentar, o PT "tomou conta" do partido no Piauí, o que inviabilizou sua candidatura para mais oito anos na Casa.
Adversário político do governador Wellington Dias (PT) desde 2003, o parlamentar adotou uma postura crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com discursos quase que diários contra ações dos governos federal e, também, do seu Estado. Esta postura colocou o parlamentar numa situação de confronto com o seu partido, o que ficou claro nas votações de matérias em plenário quando descumpria as recomendações da liderança.
Já o senador Flávio Arns (PT-PR) planeja deixar o PT sob a desculpa de estar "envergonhado" com o partido depois que os representantes da legenda votaram pelo arquivamento das denúncias contra José Sarney (PMDB-AP) no Conselho de Ética.
Porém, colegas do senador afirmam que ele já estudava a saída do PT antes mesmo deste episódio, pois teme não ter seu nome referendado pela direção partidária do PT paranaense para disputar um novo mandato no Senado.
Nesta quinta-feira (20), um dia após anunciar a disposição de deixar os quadros do PT, Arns negou que a sua saída do partido tenha como pano de fundo as eleições de 2010. Arns afirmou que não foi motivado pelo fato de lideranças do PT articularem o nome de Gleisi Hoffmann - mulher do ministro Paulo Bernardo (Planejamento)-- para disputar ao Senado.
Arns disse ainda que não tem conversado com outros partidos porque só tomou a decisão ontem. A coluna Painel da Folha, editada por Renata Lo Prete, informa hoje que Arns estaria articulando sua ida para o PSC - partido do deputado Ratinho Júnior.
Segundo o Arns, o PT feriu o programa de governo e desrespeitando a história da legenda e a opinião pública.
Em seu blog na internet, o ex-ministro José Dirceu disse que o senador tem um comportamento patético. Dirceu questiona o fato de Arns não ter dito que se envergonhava do arquivamento das denúncias contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
"Mas não se envergonha do arquivamento das denúncias contra o líder da bancada do PSDB, senador Artur Virgílio (AM)! Pelo contrário, em suas declarações elevou o senador tucano a modelo de ética e de homem público", diz Dirceu.
O ex-ministro afirma ainda que "Arns foi filiado ao PSDB. "Conviveu em seu Estado --o Paraná - e no Brasil com a aliança tucana, com o PMDB e com o PFL. Ele foi eleito senador pelo PT em 2002, depois de se desfiliar do PSDB. E elegeu-se com apoio do presidente Lula - e por causa desse apoio."
FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=114041

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