Dia 1º de abril completa 46 anos da deposição, pela força das armas, do governo democrático do presidente João Goulart. Eu vivi aquele momento, sou testemunha dessa história. Em 1964 eu tinha 17 anos, já militava na política estudantil e partidária, era ligado à juventude comunista e vi a agonia da democracia brasileira, o início do mais torpe dos regimes já vivenciado pelo Brasil.
Golpe Militar deixou sequelas no povo brasileiro.
O golpe militar de 1964, com o apoio dos Estados Unidos, através do trabalho da CIA e do embaixador norte-americano Lincoln Gordon, instalou no Brasil uma violenta e cruel ditadura, que sequestrou, torturou e assassinou milhares de pessoas. Hoje o PIG, Partido da Imprensa Golpista, tenta minimizar a brutalidade do regime militar, principalmente durante os anos de chumbo (1968/1978), quando milhares de homens e mulheres foram torturados e assassinados nos porões da ditadura.A Folha de São Paulo, recentemente em editorial, chegou ao cumulo de denominá-la de ditabranda, insinuando que os bandidos que torturaram e assassinaram não eram tão cruéis assim, como os de outras ditaduras da América Latina. Como se fosse possível um regime que assassinou com tortura milhares de pessoas, nas masmorras da repressão, pudesse ser considerado um regime brando.Não podemos esquecer e nem perdoar os crimes praticados pelos agentes do governo ditatorial. Figuras asquerosas como o coronel Ustra, o delegado Fleury e tantos outros da mesma laia que estão soltos e nem foram indiciados não podem ser perdoados, nem esquecidos.Volto a repetir o que já escrevi em outros artigos: os lideres nazistas foram condenados pelo Tribunal de Nuremberg por terem cometidos crimes de guerra. Não pelas mortes em combates, mas sim, pelas torturas e assassinatos cometidos friamente contra milhões de pessoas, a maioria de judeus, comunistas e maçons, mortos nos campos de concentração espalhados por diversos paises da Europa, crimes esses praticados por europeus, arianos, de olhos azuis, e não por árabes, palestinos, iraquianos nem iranianos. O holocausto do povo judeu foi fruto da Europa Ocidental e Cristã e não do mundo árabe ou do mundo islâmico. Milhares e milhares de pessoas foram torturados e assassinados sem nenhuma chance de defesa, uma verdadeira barbárie.Em uma guerra, a morte em combate é diferente de um assassinato frio através da tortura de pessoas indefesas. A guerra já não é aceitável, imagine a tortura.Durante a ditadura militar, aconteceram fatos semelhantes aos ocorridos nos campos de concentração nazista, claro que em menores proporções, mas, no mesmo nível de crueldade. Não se pode perdoar o torturador. Tortura é um crime hediondo.Portanto, 1º de abril de 1964 é uma data que deve ser lembrada, sempre, como um momento obscuro da nossa história com à implantação de um regime de terror. O golpe militar de 1964 e a ditadura implantada é o pior momento da história política brasileira, o mais cruel e sanguinário, um dos mais corruptos.Os militares com o apoio de uma elite reacionária, da ala conservadora da Igreja Católica, que se opunham as ideias do Papa João XXIII e as do Concílio Vaticano II, interrompem um dos processos mais profícuos de organização e conscientização da sociedade brasileira, principalmente da classe trabalhadora. O Brasil estava vivenciando um belo momento da sua história com uma perspectiva de desenvolvimento pleno.Com o golpe de 64, as organizações operárias e camponesas são perseguidas, seus lideres presos e muitos deles assassinados. Os políticos nacionalistas, progressistas, de esquerda e até liberais, são presos, muitos exilados, outros desaparecidos.O jornalista e escritor Celso Lungaretti, ex-preso político, autor do livro "Náufrago da Utopia", em artigo, fala sobre o Coronel Ustra: “O Coronel Ustra encarna a lembrança mais terrível do período pavoroso que vivemos. Manchou com sangue de suas vítimas a farta que deveria honrar”. Essa figura sinistra, como todos os outros torturadores, está impune em nome de uma anistia que não podia e nem pode perdoar os criminosos, assassinos, que praticaram atos bárbaros com uma satisfação psicopata, e o pior, nas masmorras dos quartéis das nossas forças armadas e do DOPS.Esses criminosos não merecem perdão, como não foram perdoados os militares e civis nazistas que da mesma forma torturaram e assassinaram milhares de pessoas. Todos os capturados foram condenados em Nuremberg, e até hoje, os que conseguiram fugir são procurados e quando encontrados são julgados. Um exemplo para o mundo, pois não se deve ter piedade dos torturadores.
O golpe militar de 1964, com o apoio dos Estados Unidos, através do trabalho da CIA e do embaixador norte-americano Lincoln Gordon, instalou no Brasil uma violenta e cruel ditadura, que sequestrou, torturou e assassinou milhares de pessoas. Hoje o PIG, Partido da Imprensa Golpista, tenta minimizar a brutalidade do regime militar, principalmente durante os anos de chumbo (1968/1978), quando milhares de homens e mulheres foram torturados e assassinados nos porões da ditadura.A Folha de São Paulo, recentemente em editorial, chegou ao cumulo de denominá-la de ditabranda, insinuando que os bandidos que torturaram e assassinaram não eram tão cruéis assim, como os de outras ditaduras da América Latina. Como se fosse possível um regime que assassinou com tortura milhares de pessoas, nas masmorras da repressão, pudesse ser considerado um regime brando.Não podemos esquecer e nem perdoar os crimes praticados pelos agentes do governo ditatorial. Figuras asquerosas como o coronel Ustra, o delegado Fleury e tantos outros da mesma laia que estão soltos e nem foram indiciados não podem ser perdoados, nem esquecidos.Volto a repetir o que já escrevi em outros artigos: os lideres nazistas foram condenados pelo Tribunal de Nuremberg por terem cometidos crimes de guerra. Não pelas mortes em combates, mas sim, pelas torturas e assassinatos cometidos friamente contra milhões de pessoas, a maioria de judeus, comunistas e maçons, mortos nos campos de concentração espalhados por diversos paises da Europa, crimes esses praticados por europeus, arianos, de olhos azuis, e não por árabes, palestinos, iraquianos nem iranianos. O holocausto do povo judeu foi fruto da Europa Ocidental e Cristã e não do mundo árabe ou do mundo islâmico. Milhares e milhares de pessoas foram torturados e assassinados sem nenhuma chance de defesa, uma verdadeira barbárie.Em uma guerra, a morte em combate é diferente de um assassinato frio através da tortura de pessoas indefesas. A guerra já não é aceitável, imagine a tortura.Durante a ditadura militar, aconteceram fatos semelhantes aos ocorridos nos campos de concentração nazista, claro que em menores proporções, mas, no mesmo nível de crueldade. Não se pode perdoar o torturador. Tortura é um crime hediondo.Portanto, 1º de abril de 1964 é uma data que deve ser lembrada, sempre, como um momento obscuro da nossa história com à implantação de um regime de terror. O golpe militar de 1964 e a ditadura implantada é o pior momento da história política brasileira, o mais cruel e sanguinário, um dos mais corruptos.Os militares com o apoio de uma elite reacionária, da ala conservadora da Igreja Católica, que se opunham as ideias do Papa João XXIII e as do Concílio Vaticano II, interrompem um dos processos mais profícuos de organização e conscientização da sociedade brasileira, principalmente da classe trabalhadora. O Brasil estava vivenciando um belo momento da sua história com uma perspectiva de desenvolvimento pleno.Com o golpe de 64, as organizações operárias e camponesas são perseguidas, seus lideres presos e muitos deles assassinados. Os políticos nacionalistas, progressistas, de esquerda e até liberais, são presos, muitos exilados, outros desaparecidos.O jornalista e escritor Celso Lungaretti, ex-preso político, autor do livro "Náufrago da Utopia", em artigo, fala sobre o Coronel Ustra: “O Coronel Ustra encarna a lembrança mais terrível do período pavoroso que vivemos. Manchou com sangue de suas vítimas a farta que deveria honrar”. Essa figura sinistra, como todos os outros torturadores, está impune em nome de uma anistia que não podia e nem pode perdoar os criminosos, assassinos, que praticaram atos bárbaros com uma satisfação psicopata, e o pior, nas masmorras dos quartéis das nossas forças armadas e do DOPS.Esses criminosos não merecem perdão, como não foram perdoados os militares e civis nazistas que da mesma forma torturaram e assassinaram milhares de pessoas. Todos os capturados foram condenados em Nuremberg, e até hoje, os que conseguiram fugir são procurados e quando encontrados são julgados. Um exemplo para o mundo, pois não se deve ter piedade dos torturadores.
Ditadura, Nunca Mais!
Antonio Capistrano foi reitor da UERN, é filiado ao PCdoB
Antonio Capistrano foi reitor da UERN, é filiado ao PCdoB
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