PARA REFLETIR...

"Eu preferiria ser um fracasso em algo que amo, do que um sucesso em algo que odeio."
(George Burns)

sábado, 17 de outubro de 2009

UMA NOVA DIPLOMACIA

Os demotucanos ficam p... da vida! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O POVO (Fortaleza - CE) - 16 Out 2009Quando Fernando Henrique viajava a Londres, em tempos idos, esticando no peito a faixa presidencial (além da empáfia), sua agenda se resumia a um passeio de carroça, com a Rainha, pelas ruas da cidade. Desastroso na forma como procurou inserir o Brasil no mundo da interdependência global, o governo de FHC provocou aumento vertiginoso na dívida externa e na dependência tecnológica e financeira, levando à fragilização da economia nacional, com a consequente perda de poder no cenário internacional. O neoliberalismo, que ele entronizara, entre aplausos de nossa simplória burguesia, quase conduziu o País à falência. Felizmente, o galope rumo ao abismo foi refreado pelas urnas, que barraram as pretensões de José Serra, ungido para dar continuidade ao desastroso tucanato. Com menos salamaleques e mais objetividade, Lula da Silva retraçou o caminho da política externa brasileira. E conquistou muito mais prestígio que seu antecessor. As novas diretrizes privilegiaram as parcerias Sul-Sul, aproximando o Brasil da China, Índia e África do Sul. Aos poucos, o País libertou-se da dependência do mercado norte-americano, estratégia que se revelou providencial, recentemente, quando o império capitalista quase foi ao chão, nocauteado por uma crise de insolvência no mercado imobiliário. Quanto mais o Brasil revela liberdade de movimento na cena mundial, mais conquista respeito. Comedido, sem se render aos apelos do populismo, Lula parlamenta com Obama, Sarkozy e Angela Merkel, assim como estende a mão a Hugo Chávez, Ahmadinejad e Khadafi. Sem traumas. Quem já captou que o Brasil de Lula não é mais o país subserviente de Cardoso, entendeu por que, em Honduras, nossa diplomacia abandonou a cômoda neutralidade e se pronunciou contra o governo golpista. Afinal, em Tegucigalpa, alguém precisava fazer algo concreto e abrir as portas para Zelaya, a fim de deixar claro que, na América Latina, não há mais lugar para quarteladas.
ITALO GURGEL Jornalista

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