José Graziano é eleito diretor de órgão da ONU contra a fome
José Graziano foi coordenador do programa "Fome Zero"
Crédito : Agência Brasil
DA REDAÇÃO CLICK21 - O brasileiro José Graziano da Silva, eleito neste domingo (26) em Roma novo diretor-geral da FAO, fará uso de sua experiência em importantes programas aplicados no Brasil, como o bem-sucedido 'Fome Zero'.
O brasileiro, de 61 anos, substituirá o senegalês Jacques Diouf à frente da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para o período 2012-2015.
A candidatura de José Graziano, que exerceu durante quatro anos o posto de diretor da FAO para a América Latina, foi impulsionada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e formalizada em janeiro pela atual presidente Dilma Rousseff.
"A candidatura ganha destaque diante do êxito do Brasil no domínio agrícola em suas várias vertentes, na produção e na pesquisa e, sobretudo, no combate à fome, na promoção da segurança alimentar e do desenvolvimento com inclusão social", indicou a nota do Executivo ao anunciar a candidatura.
José Graziano da Silva se graduou em Agronomia pela Universidade de São Paulo e tem estudos de especialização em Economia Rural e Sociologia. Também tem um Mestrado em Ciências Econômicas (Unicamp), um Doutorado em Estudos Latino-Americanos (College of London) e outro em Estudos Ambientais (Universidade da Califórnia).
Desde 1977, participou de vários programas de desenvolvimento rural e de combate à fome como professor universitário. Em 2001, durante o governo Lula, recebeu o cargo de ministro extraordinário de Segurança Alimentar e coordenador do bem-sucedido programa "Fome Zero", exatamente para lutar contra a fome.
Em cinco anos deste plano conseguiu fazer com que a desnutrição no Brasil caísse 25% e que cerca de 24 milhões de pessoas saíssem da pobreza extrema, de acordo com dados do governo.
Em 2006, passou a ser diretor da FAO para a América Latina e durante sua gestão promoveu o fortalecimento da produção rural assim como da agricultura familiar para aumentar a segurança alimentar.
Além disso, foi responsável pela "Iniciativa para uma América Latina e um Caribe livres da Fome", que busca erradicar a fome na região até 2025.
Ao apresentar a sua candidatura, José Graziano da Silva propôs aprofundar a reforma e o fortalecimento da FAO por meio de uma descentralização que dê mais importância às representações nacionais e permita aos governos participar na definição de prioridades.
Dados da FAO indicam que hoje 925 milhões de pessoas passam fome no mundo. Frente ao enorme desafio, os recursos da FAO parecem ínfimos: 1 bilhão de dólares a cada dois anos de contribuições obrigatórias e orçamento, além das contribuições voluntárias. "Isso deixa quase um dólar por ano para cada pessoa que tem fome", ressaltou um especialista.
Fonte: Equipe Click21 com AFP / www.click21.com.br
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